quarta-feira, 14 de abril de 2010


pai
s. m.
1. Aquele que tem um ou mais filhos.
2. Gerador; genitor; progenitor.
3. Fig. Criador; autor.
4. Protector!Protetor, benfeitor.


E por ‘pai’ ser isto, e por não haver apenas um, eu tive outro.
Tive um pai-avô, tive um homem que me acarinhou, que me educou, que me amou e que me ensinou tudo o que podia e me fez crescer e formar como pessoa.
Um pai que perdi há exactamente treze anos e que me faz falta todos os dias da minha vida, a todos os momentos.
Não esqueço a doçura das palavras que só a mim eram dirigidas, o facto de me ver como a menina dos seus olhos.
Não esqueço a cor dos olhos que em tempos tive igual a ele, não esqueço o orgulho que tinha nisso tal como não esqueço as cinco moedas de vinte escudos que me dava todas as manhãs.
Não me esqueço do beijo de bom dia que lhe dava todos os dias e que durante tanto tempo, tanta falta me fez.
Quando alguém é verdadeiro, quando amamos alguém de verdade como eu o amei, nunca desaparece e é por essa razão que aquilo que sinto nunca irá morrer.

Por ti, por nós, hoje e sempre avô.

2 comentários:

Anónimo disse...

Como eu entendo e sinto cada palavra escrita...

Alda disse...

Que saudade, Inês!Também para mim o Avô Augusto foi como um segundo pai, que me acolheu como uma filha, que me deu amor e a quem eu dei amor.Lembra-me daquelas mãos enrugadas, semiabertas, à espera de um carinho nosso, daqueles olhos tão azuis que pareciam o infinito e nos enchiam de paz, lembra-me do "cortar" das unhas na parede, de tanta e tanta coisa que só nós sabemos e sentimos.Lembra.me de qdo eu chegava à hora de almoço e ele dizia:" Oh Aurora, já chegou a nossa menina!. O destino levou-o para longe de nós mas nos nossos corações ele está mais vivo que nunca porque o nosso amor jamais o deixará morrer. Até sempre, Avô Augusto!