El final del cuento de hadas.

Não é por dizer que já não te quero que a vontade de te querer desaparece, não é por afirmar que já não te amo que o amor se apagou completamente e eu sei que tu, estejas onde estiveres, vá o teu pensamento onde for, sabes disso.
Sabes que continuarei aqui até ao fim, até que todos se vão, até o Mundo cair só pra te voltar a ver nem que seja num momento completamente fugaz e que nem te consiga ver correctamente.
Porque as lágrimas continuam a cair-me pela cara abaixo sempre que te (re)lembro, sempre que penso em nós e no que fomos, sempre que sinto que nunca voltarei a encontrar alguém que me complete tão bem como tu, que me dê o carinho, o amor e a importância que tu me deste, e eu, eu só queria voltar a ser feliz como o fui contigo, nos nossos bons momentos.

Sei que me continuas a sentir perto de ti pois tu, melhor que ninguém, sabes que nunca me vou e que por mais que me expulses e que me empurres, nunca conseguirei desaparecer totalmente porque não pertenço mais a este Mundo mas àquele que ambos construimos quando ainda tudo fazia sentido.
Ves-me melhor que ninguém, não é? E por mais distância que haja entre nós continuas a ser aquele que melhor conhece o que há em mim (não há outro que conhece, tudo o que acontece em mim)
Mas não venhas buscar-me. Prefiro manter-me aqui escondida, perdida como tenho estado desde que te foste a aceitar-te de volta e ter que voltar a sofrer a dor da tua partida.
Vou amar-te até que as forças me larguem e não preciso de to dizer para tu o saberes porque para ti e por ti, é pra sempre sabes?

"A cidade está deserta,

E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:

Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.

Em todo o lado essa palavra

repetida ao expoente da loucura.

Ora amarga, ora doce...

Pra nos lembrar que o amor é uma doença,

quando nele julgamos ver a nossa cura."

Mafalda, dançar e sentir que sou completamente livre, tudo com a MINHA Mónica, ler mesmo quando estou completamente de rastos, Mirandela, abraçar a Rita, ballet, fotografia, ver filmes e chorar em muitos deles, viver com a Babi, praia e da Nazaré, Benfica (L) e Mantorras, de atazanar o Orlando e de ser atazanada pela Sara e pela Daniela, matar saudades da Luana, jantares de amizade, Malibú, RHCP, sentir-me única com o Kiko e com o Pita, sol, atrofiar a cabeça da Diana, sentir-me importante, ir ás compras e comprar coisas que não me fazem falta, atrofiar com o Manel e a Tatxi, cantar (mesmo que mal), estar com o Tiago, Porto, Lisboa e o Colombo, regressar à Covilhã e estar com eles, jogar aos Sims, Sininho J, Londres e Nova Iorque, escrever mesmo que seja apenas para mim, falar com a Piwi e ouvir a Fábia, rir até não poder mais, sonhar acordada (…)

Quem me conhece sabe que não sou alguém com quem é fácil lidar. Poucos me conhecem a fundo mas esses que me conhecem sabem com o que contam.
Sou uma pessoa de extremos. Ou estou imensamente feliz, ou consideravelmente deprimida.
Não tenho um feitio fácil, longe disso.
Sou mimada e detesto que não me façam as vontades ou que não me dêem toda a atenção que acho que mereço. Sou extremamente possessiva porque o que é meu é meu e acabou. Tenho a consciência que por vezes sou bastante chata e que falo sem parar sendo que a maior parte das vezes são assuntos que não interessam nem a mim própria. Sou teimosa e orgulhosa e por isso insisto sempre na minha ideia mesmo que por vezes tenha a plena noção que não tenho razão.
Por vezes sou bastante parva, conto piadas que na realidade nem sequer podem ser chamadas de tal e faço coisas bastante estúpidas no meio da rua. Sou suficientemente curiosa para detestar que me digam que têm surpresas e depois ter que esperar por elas. Sou vingativa e não pensem que depois de me pisarem as coisas ficam por aí. A vingança tarda mas não falha. Sou um tanto quanto sensível e choro por qualquer coisinha incluindo filmes, novelas e livros! Amo os meus amigos e a minha família acima de tudo e não suporto sequer pensar que eles não estão bem.
E detesto amigos de plástico porque desses já tenho suficientes.

Quis tanto fugir, quis tanto afastar-me que não percebi que metade (ou mais) de mim já pertencia aí, que não percebi que por maior que fosse a distância nunca conseguiria alhear-me de tudo e de todos que aí me foram, praticamente, tudo.


E pior de tudo, é que sinto a vossa falta a todo o momento, é que sinto falta de estar convosco todos os dias, de poder desabafar, rir, chorar convosco ou de simplesmente de vos olhar.
Não gosto de ver as coisas a alterarem-se e não gosto de sentir que nos vamos afastando cada vez mais aos poucos (salvo raras excepções).
Queria que continuassemos a fazer 'inveja' por termos uma união tão forte entre todos nós, queria que continuassemos a entender-nos apenas com um olhar ou, simplesmente, que continuassemos o 'Clã do Birras'.
E eu adoro-vos mesmo, do fundo do coração, e só queria poder abraçar-vos a todos neste momento.

Covilhã (L)

(E Rita, eu amo-te)

Andas à minha volta como um sonho, mas a verdade é que te tornaste no meu pior pesadelo, daqueles que me faz acordar de noite com medo de voltar a adormecer, que faz com acorde a gritar e com que sinta o meu corpo desfazer-se em mil pedaços de tal forma é a dor.
Quero tirar-te de cá de dentro e a verdade é que parece que a cada dia te entranhas mais e mais e não me deixas sequer respirar.
Olho-te através dos meus olhos rasos de lágrimas e a tua imagem parece-me cada vez mais distante. O pior de tudo? É que não é apenas a tua imagem que se vai. És tu, sou eu, somos nós que a cada dia somos apenas uma lembrança, uma recordação dolorosa de um sonho que se esfumou com o tempo.

Descobri que, para mim, tu és diferente e não foste apenas mais um, mas sim a tatuagem que ficará para sempre perpetuada na minha vida.
E sabes? Oh, eu amo-te e sinto a tua falta como nunca senti a falta de ninguém, sinto que apenas a tua presença poderia fazer com que eu voltasse a mim, com que o meu sorriso voltasse e com que esta dor desaparecesse.
Penso em ti a todos os momentos, mesmo que o tente evitar e tento rever tudo aquilo que poderá ter corrido mal, mas depois percebo que os bons momentos já não conseguem compensar os maus.

E ei, pshiu, posso ser metade do que queres mas sou o dobro do que mereces.