domingo, 11 de janeiro de 2009

Ouço toda a gente a falar à minha volta e finjo que escuto as suas palavras mas na realidade elas já não me interessam mais.
Por mais que falem, por mais que digam que entendem, ninguém sabe aquilo que transporto neste momento dentro de mim. Ninguém consegue ver toda a dor, a angústia e a revolta que se prendem cá dentro e que me consegue ir destruindo a um ritmo completamente alucinante como se de uma droga se tratasse.
Chamo por ti, tantas e tantas vezes e tu nunca vens e sei que não virás nunca mais. Espero por um abraço teu, aquele que me reconfortou sempre que precisava mas está tudo tão frio, está tudo tão escuro e eu sei que só a tua presença podia mudar isto.
Pedem-me que entenda, que esqueça, mas não percebem que eu não posso. Não posso deixar para trás a parte mais importante e mais especial da minha vida. A parte que me faz realmente querer viver.
Penso em seguir em frente mas não consigo. O passado chama-me e é lá que eu quero ficar. Envolta nos teus braços, presa ao teu cheiro, presa ao teu amor.

Dá-me a mão e diz que vai ficar tudo bem. Quando tu falas, parece sempre tudo tão verdade, tão real. Não me deixes neste sufoco e leva-me para longe, para aquele Mundo só nosso que construímos durante este tempo em que pertencemos um ao outro. Eu ainda acredito que é possível.
Leva-me.



(Texto que já não tem nada de certo)

Sem comentários: