quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

As memorias vão-se desvanecendo ao pouco e eu já não faço nada para guardá-las, já não tento retê-las dentro de mim e simplesmente porque elas já não têm a capacidade de me fazer sorrir, de provocar em mim aquele sentimento de felicidade que me fazia sonhar a toda a hora.
Conforme os dias passam, apago-as e apago-te a ti, a ti meu amor eterno, meu tudo.
Desaprendi a amar-te e reaprendi a viver-te mas o sufoco que continua a ser olhar e não te ver continua a esmagar-me mesmo quando sei que há coisas que nem o melhor dos sentimentos consegue salvar.
As lembranças dos beijos, de todos os abraços e palavras, as lembranças de ti, do teu toque e do teu cheiro deixam de fazer sentido dentro de mim e criam aquele vazio que tanto tínhamos medo de sentir.
Talvez já tenhas esquecido há mais tempo que eu, mas sabes o que penso? Fazia tudo demasiado sentido e tu sabes disso. Sabes tão bem como eu sei que tiveste medo de me guardar.
Sei que alguém nos recorda, que existe algures alguém que nos recorda como nós fomos, que recorda o nosso sentimento, e a forma como fazíamos sentido apenas perto um do outro.

Já não existe motivo para isto, apenas uma vontade enorme de me despedir de ti e de encerrar para sempre esta história, de a manter escondida num lugar onde nunca mais ninguém a possa encontrar.
Fica com o meu sorriso, aquele que foi teu, e que se foi perdendo aos poucos.

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